Chiharu Shiota, A Room of Memory, 2009 |
são vastas
as cidades do interior
de
noite corremos as ruas ao
abrigo da luz
paramos nas praças onde o
coração se encontra
perdemos
partidas
esperamos rejeições
cometemos
crimes perfeitos
sem pena nem
pesar
entre
a chuva de setembro e a estação incerta
quando
os olhos se fecham para achar caminho
é a
música das cidades que faz o vento
e a
sorte de quem vem ao
acaso
achar fortuna
são
vastas as cidades do interior
e não
se encontram nos mapas
ninguém
delas parte sem
perder a memória